terça-feira, 1 de maio de 2012

Promoções em cadeia de lojas Pingo Doce levou a incidentes entre clientes

Loja Pingo Doce


O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que se demarca dos incidentes, denunciou conflitos entre clientes, nomeadamente na loja da rua Carlos Mardel, em Lisboa, em Almada e na Quinta do Mocho, em Loures, que levaram, nalguns casos, à intervenção da polícia e ao encerramento de algumas lojas.
A Polícia de Segurança Pública confirmou à Lusa o registo de alguns incidentes entre clientes em pontos de venda em Lisboa.
Hoje, dia do Trabalhador, o Pingo Doce lançou uma campanha de vendas, com desconto de 50%, “por isso abaixo do preço de custo, para clientes que adquiram mais de 100 euros de compras, nomeadamente de produtos de grande consumo alimentar”, salienta, numa nota, o sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), afeto à CGTP.
O fenómeno da corrida aos supermercados desta cadeia de lojas ocorreu de norte a sul do país.
Uma das lojas Pingo Doce em Faro teve que impedir temporariamente a entrada de clientes para repor produtos nas prateleiras e desimpedir as caixas de pagamento, devido à grande afluência de pessoas, disse à Lusa um funcionário.
Na loja da Penha, dezenas de pessoas aguardavam às 13:00 a reabertura do supermercado, encerrado uma hora antes, enquanto outros clientes se amontoavam em filas nas caixas para pagar os produtos.
"Tivemos que encerrar porque estava muita gente dentro da loja e as prateleiras estavam vazias", disse à Lusa um segurança do supermercado, que tentava acalmar os ânimos das pessoas que não percebiam a razão do encerramento temporário.
Otávia Brito contou à Lusa que estava à espera que as portas reabrissem para ir fazer mais compras, depois de já ter gasto perto de 700 euros, valor que, sem o desconto, se cifraria em 1.400.
"Comprei sobretudo bebida, desde cerveja, a água, bebidas espirituosas, leite, mas também produtos de higiene e carne", refere, sublinhando que enquanto foi ao carro colocar as compras, as portas encerraram.
A cliente chegou ao supermercado cerca das 09:00, altura em que "estava ainda mais gente", mas não sabe se esperará até perto das 15:00 para fazer mais compras, hora estimada para a reabertura da loja.
Em Lisboa, numa pequena loja de Benfica, a Lusa constatou que as prateleiras só não ficaram vazias devido ao frenesim de reposição dos funcionários.
No entanto, os clientes contactados salientaram que não demoraram mais de 20 minutos na fila de pagamento, aproveitando a campanha para comprar sobretudo produtos de primeira necessidade e não perecíveis, como leite, conservas, papel higiénico, arroz, massas e detergentes.
“Eu nem costumo andar em cima das promoções, mas hoje de manhã a minha filha ligou-me e eu decidi vir cá”, disse à Lusa Maria Elisabete Faria, destacando que pagou somente “170 e tal euros por produtos que somavam mais de 300” euros, suficientes para lhe rechear a dispensa nos próximos meses.
Em Coimbra, as várias lojas do Pingo Doce também registam, desde o início da manhã, uma afluência significativa e "fora do normal".
"Está a ser uma grande confusão", disse à agência Lusa uma fonte da loja do Pingo Doce situada na avenida Calouste Gulbenkian.
A fonte salientou que o fenómeno verifica-se também nas restantes unidades da empresa na cidade, com centenas de clientes a acotovelarem-se nas caixas, transportando "carrinhos" carregados de compras, aproveitando um inesperado desconto de 50 por cento em todos os produtos.

Noticia retirada daqui .

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