sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Do escândalo de próteses de silicone defeituosas - França

Paris, 2 jan (Prensa Latina) O escândalo das próteses de silicone para mama defeituosas continua hoje na França onde, segundo as mais recentes revelações, os implantes contêm um aditivo para combustíveis, entre outros componentes perigosos à saúde.




Antigos funcionários da Poly Implant Prothése (PIP), fechada em 2010, declararam à rádio RTL que os fabricantes utilizavam na produção os aditivos Baysilone, Silopren e Rhodorsil, empregados na indústria da borracha.

Esses produtos poderiam ser a causa do rompimento dos implantes de silicone, afirmam as fontes.

O advogado da PIP, Yves Haddad, negou as acusações e declarou que o presidente fundador da companhia, Jean-Claude Mas, sairá de seu silêncio na próxima semana e oferecerá explicações.

Em dezembro, as autoridades francesas recomendaram todas as mulheres que tiveram implantadas próteses PIP a submeterem-se a uma nova cirurgia para retirá-las, depois de comprovar que o silicone utilizado para sua fabricação era de uso industrial e não médico.

Investigações realizadas aqui demonstraram que os implantes elaborados com esse gel costumam romper duas vezes mais que o normal e causam irritação e inflamação dos tecidos.

De acordo com a Agência de Produtos Sanitários, na França foram registradas 1.143 rupturas e 495 casos de reações inflamatórias.

Embora 20 mulheres com próteses da PIP tenham apresentado câncer, não se estabeleceu que estes casos sejam relacionados diretamente com o silicone.

O fundador da PIP é investigado judicialmente por "engano agravado" e "homicídios involuntários".

A Poly Implant Prothése chegou a produzir até 100 mil próteses no ano, 84 por cento das quais foram exportadas, sobretudo na Europa, Estados Unidos e América Latina.

Estima-se que no mundo entre 400 e 500 mil mulheres portam estas próteses prejudiciais à saúde.

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